HEMI
Ao
longo da historia da arrancada e também do automobilismo em geral,alguns
motores se destacaram e se tornaram
lendas.Um destes motores é sem duvida o HEMI,um motor desenvolvido pela
Chrysler para aviões na segunda guerra mundial e logo ganhou sua versão para as
ruas.
Origem
A origem
dos motores Hemi, na aplicação automotiva, remonta a década de 50 nos Estados
Unidos, quando seu fabricante Chrysler ganhava muita notoriedade nas
competições com estes propulsores.
O nome
Hemi vem da abreviatura de hemispheric (hemisférico), que representa o formato
da câmara de combustão. Esta tecnologia, então exclusiva da Chrysler,
representava um grande avanço na engenharia dos motores, pois proporcionava uma
melhor queima e aproveitamento da mistura ar-combustível, o que se traduzia em
mais eficiência (potência específica). |
| P-47 thunderbolt |
Porém, a
verdadeira história dos Hemi tem origem na operação aeronáutica da Chrysler,
que fabricava motores de avião, e o primeiro propulsor com este desenho de
câmara (como veremos adiante) de combustão foi desenvolvido para outra lenda
(desta vez da aviação) o caça Thunderbolt, o famoso P-47.
Na
versão aeronáutica, este primeiro Hemi possuía 16 pistões, em distribuição
radial, e 2.500 HP. Esta experiência com motores aeronáuticos permitiu aos
engenheiros da Chrysler o domínio da tecnologia para produção de cabeçotes
hemisféricos com a perfeita geometria para abrigar as duas válvulas (admissão e
escape).
Só fazendo um parênteses histórico e que reforça
a lenda. Foi a bordo dos P-47 que pilotos brasileiros em missões na Segunda
Guerra Mundial provaram aos exércitos aliados grande habilidade, competência e
coragem em missões nos céus da Itália.
Pois,
foi todo este histórico de adrenalina, emoção e potência, que ajudou na
construção da lenda dos motores Hemi, e acabou migrando para as pistas de
competição nos anos 50.
Hoje em dia, 180 cv parece nada. Mas em 1951, 180 cv era uma coisa inédita. Era uma potência impressionante para a época, e deu vida à
A
Chrysler continuou a melhorar o design do HEMI, lançando um motor de 5,8 litros
em 1956, um de 6,4 litros em 1957, e por fim uma versão de 7 litros em 1964. O
motor de 7 litros transformou o HEMI em lenda quando ele ganhou a corrida
da NASCAR Daytona 500 de 1964 em primeiro,
segundo e terceiro lugares. O HEMI de 7 litros de rua foi lançado em 1965, com
425 cv de potência.
"lenda do HEMI".
Segredo do HEMI.
O que permitiu que o HEMI da Chrysler de
1951 produzisse muito mais potência do que outros motores da época foi a
eficiência da câmara de combustão.
Em
um motor HEMI, a parte de cima da câmara de combustão é hemisférica - daí o
"HEMI", como na imagem acima. A área de combustão no cabeçote
tem o formato de meia esfera. Dizem que um motor como este tem "cabeçotes
hemisféricos". Em um cabeçote HEMI, a vela geralmente fica no topo da
câmara de combustão e as válvulas abrem-se em lados opostos dela.
A
maioria dos carros anteriores à década de 50 usava os chamados cabeçotes
planos (flathead), e ainda hoje muitos cortadores de grama usam o design
plano porque é de fabricação mais barata. Em um motor de cabeçote plano, as
válvulas ficam no bloco e não no cabeçote, e abrem em uma câmara ao lado do
pistão.
O
cabeçote de um motor com design plano é extremamente simples -
um fundido de metal sólido com um furo onde é colocada a vela. O comando
de válvulas no bloco empurra as hastes das válvulas para abri-las, eliminando a
necessidade de varetas de válvula e balancins. Tudo é mais simples no design de
cabeçote plano. O problema do motor de cabeçote plano é a sua eficiência
térmica.
O HEMI
426
O motor
hemi mais emblemático,é sem duvida o hemi de 426.O elefante laranja,como é
carinhosamente chamado,foi desenvolvido pela Chrysler em 1965 e contava com 426
pol. cúbicas(7 litros) e 425 cv(versão de rua)era o motor mais popular nas
pistas de arrancada da década de 1960 e 1970,na verdade até hoje são motores
muito cobiçados por pilotos.
Esse
motor em sua versão de rua gerava cerca de 425 cv,já na versão de corrida que
vinha equipada com cabeçotes de alumínio coletor de admissão de magnésio,entre
outras coisas,gerava mais de 600 cv ´´horiginal``.
 |
| HEMI 426(425 hp a 5000 rpm, torque 67,7 kgfm a 4000 rpm) |
A
versão de rua deste motor estava disponível para quase toda a linha Chrysler
daquela época.Já aversão de corrida equipa a maioria dos carros de corrida da
época,é até para alguns carros destinados para o grande publico como é o caso
do Dodge Dart super stock 1968 e o Barracuda super stock 1968.
 |
| 440 six pack(390 hp a 4700 rpm, torque 67,7 kgfm a 3200 rpm) |
Porem
nem tudo são rosas,apesar deste motor ser
excelente em corridas,a história era outra nas ruas.Era um motor de
difícil manutenção,difícil acerto e baixa confiabilidade para o uso urbano,por
isso a maioria dos consumidores acabavam por optar pelo 440 six Pack,um motor tambem da
Chrysler,que entregava praticamente o mesmo torque e a mesma potencia do
426,porem em rotações mais baixas,era um motor com manutenção mais fácil e mais confiabilidade.
O HEMI nas arrancadas
A
história da arrancada não seria mesma sem o hemi,nem um outro motor está tão
profundamente ligado a este esporte quanto o hemi. eu posso até me arriscar é dizer que pelo
menos metade dos grandes pilotos andam ou já nadaram com motores hemi,pelo
menos metade dos grandes recordes foram quebrados por um carro equipado com um
hemi.
O motor hemi tinha capacidade de gerar
incríveis potencias,e este potencial logo foi percebbido pelos pilotos.Vendo o
interece dos pilotos pelo motor a chysler logo começou a investir em equipes e
a desenvolver seu motor para gerar cada vez mais potencia.
DonGarlits,Ronnie Sox,Dick landy,Don Prudhomme,entre inúmeros outros grandes
pilotos andam ou já andaram com um hemi.
O
bloco e os cabeçotes da versão de 7 litros ainda hoje são disponibilizados pela
Dodge. O HEMI de 7 litros é um motor popular em corridas de arrancada, de funny
cars (categoria de arrancada da National Hot Rod Association), e muscle
cars ("carros musculosos").
Ronnie Sox
fontes:
Nenhum comentário:
Postar um comentário