quarta-feira, 11 de abril de 2012

HEMI under glass

      Trata-se de um projeto da Hurst de 1965, inicialmente com fins competitivos: pegaram um Barracuda e colocaram um gigantesco e massivo 426 Hemi com supercharger em posição central, logo atrás do piloto. A idéia era obter o máximo de tração no eixo traseiro, buscando um tempo melhor em uma época na qual os pneus de arrancada não eram tão evoluídos.
     




 
Só que rapidamente descobriram um problema incontornável: a distribuição de peso somada à aderência do VHT fazia o Hemi Under Glass empinar em qualquer velocidade. Por qualquer distância. Em qualquer lugar.      
  











            Impressionante, não? Tão insólito quanto vê-lo em ação é imaginar o trabalho que os mecânicos tinham para instalar a usina – que precisava entrar pela porta do passageiro, já que o motor era muito alto para passar pelo vidro traseiro ou o porta-malas.
    Bob Riggle, piloto da Hurst Shifters, imaginava que seria imbatível com tanta aderência no eixo traseiro – até se deparar com o comportamento de piracema do Barracuda. Desde então, a empresa decidiu adotar o carro como ação promocional nas pistas de arrancada dos EUA, por exatos dez anos – quando Riggle sofreu um grave acidente.
   



  O Hemi Under Glass ficou na geladeira por 17 anos, quando em 1992, a (hoje já não mais tão) voluptosa Linda Vaughn, musa da Hurst; pediu encarecidamente a Riggle que colocasse o Barracuda novamente em ação. Ele e sua equipe montaram mais uma unidade (na época, nove foram construídas), que ficou pronta três anos depois. Bob pilotou o carro oficialmente por mais dez anos, mas ele ocasionalmente dá as caras em alguns eventos automobilísticos até hoje – como no épico Festival of Speed de Goodwood.
     Ah sim. Talvez alguns de vocês se perguntem como é possível controlar a direção de um carro a 160 km/h se as rodas dianteiras estão a dois metros do solo. Na verdade, não há como controlar: Riggle era um verdadeiro kamikaze – apontava o carro, acelerava, e rezava em berros estridentes perdidos ao urro do 426 HEMI, enquanto olhava o céu  passando pelo parabrisa.
      OK, mentira. Riggle controla a direção do Barracuda por um sistema de freios independentes nas rodas traseiras, operado por duas alavancas próximas ao câmbio. E ele enxerga para onde estava indo através de um buraco feito na parede corta-fogo. Ainda bastante kamikaze, se me perguntarem…

 Conteudo retirado de:www.jalopnik.com.br 

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